quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Onze Minutos


Um livro que li na hora certa. Estava mesmo  precisando de palavras tão objetivas e de uma história tão real para (re)pensar no porquê de muitas coisas.
Uma história alucinante de uma mulher, Maria, que escolhe seguir o caminho mais fácil, digamos que o atalho desconhecido das nossas vidas. Esse caminho leva-lhe à prostituição, que inicialmente era uma vida que lhe agradava (devido às inúmeras facilidades). Com o passar do tempo e com a descoberta de uma pessoa especial, surgem muitas dúvidas que tornam Maria uma mulher dotada de muita sabedoria.
Porquê ler um livro sobre a vida de uma prostituta? Porquê ler um livro sobre algo a que, constantemente, apontamos o dedo? Porque ficamos a conhecer o ser humano de uma forma diferente. E ao contrário do que possam pensar, o livro demonstra-nos a intensidade dos nossos sentimentos e não as nossas necessidades fisiológicas secundárias - "o maior prazer não é o sexo, é a paixão com que ele é praticado".
Uma história perfeita para nos fazer refletir sobre o que somos, o que queremos, o que amamos e por que é que amamos.
Aprendi que ninguém é dono de nada, tudo é uma ilusão porque quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida, acaba por aprender que nada lhe pertence. Porquê? Porque ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém. Complicado? Não, simplesmente a realidade que eu precisava de encarar.
NOTA DO AUTOR: "Onze Minutos não se propõe a ser um manual sobre o homem e a mulher diante do mundo ainda desconhecido da relação sexual. É uma análise do meu próprio percurso, sem pretender julgar aquilo que vivi. Custou muito até que eu aprendesse que o encontro físico de dois corpos é mais que uma simples resposta a alguns estímulos físicos. Na verdade, ele carrega consigo toda a carga cultural da humanidade. Escrevi este livro para ver se podia dizer, se eu tive coragem de aprender tudo o que a vida quis me ensinar a respeito."
Paulo Coelho

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